É mais fácil ser igual. É simples. Mas quando se decide seguir o coração, ainda que o caminho apresente obstáculos, tudo passa a fazer sentido!

domingo, 20 de novembro de 2011

Sobre os imprevistos...


Essa semana estava assistindo um filme chamado: Falando grego.
Até me pareceu chato no início, mas o filme passa uma mensagem fascinante. Conta a história de uma descendente de gregos, formada em História da arte e que resolve trabalhar como guia turístico na Grécia enquanto aguarda uma proposta de emprego em alguma Universidade dos Estados Unidos.
Como todas as propostas são recusadas, a atual dona da agência de emprego onde trabalha não dá o mínimo valor para ela e coloca os turistas mais problemáticos em seu grupo. E, durante essa viagem, onde tudo inicialmente parece dar errado, ela consegue descobrir o amor e novas formas de fazer o que faz.
O outro guia de turismo da agência tenta boicotar a viagem dela o tempo inteiro e ela ultrapassa esses obstáculos com exímia paciência.
Quantas vezes os imprevistos acontecem conosco?
Se é possível enfrentar o caos num cenário majestoso como o da Grécia com todas as histórias riquíssimas do berço da civilização, imagina sem cenário exuberante e com váááááários "guias" a nos boicotar?
É assim mesmo. 
Um dia a água acaba no meio do banho, chegamos do trabalho cansados e precisamos enfrentar o elevador parado. Um dia a chuva nos pega desprevenidos na rua e molha os nossos sapatos, nossas roupas, aquele trabalho da faculdade ou um documento especial. Um dia a luz pifa no meio do filme. O sinal da internet cai quando começávamos a teclar com aquela pessoa especial, o telefone fica sem serviço, trava, alguém bate no seu carro e a descarga pára de funcionar.
Um dia, alguma coisa dá errado. Em alguns momentos, muuuuito errado e o que importa mesmo é a forma como reagimos à esse problema.
Não vai adiantar gritar, perder a razão e desequilibrar. Nem esbravejar achando que é o fim do mundo porque o fim do mundo trará coisas muito piores.
Ruim mesmo é estar doente, é perder alguém, é dar adeus.
Imprevistos, são apenas um sinal de alerta de que não adianta querer que tudo saia como planejado.
O controle do mundo não fica em nossas mãos.
Mas fica sem bateria às vezes.
Ah, se fica!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Sobre o eclipse.



Quando o terreno se tornar incerto. 
Não tenha medo de se machucar.
Não tente parar e nem se lamentar
Porque é fato que você precisa continuar.

Quando um eclipse aparecer.
E o dia noite se tornar.
Não pense em reclamar.
Em se vitimizar.
O mundo não pára para esperar.

Quando a chuva resolver cair.
Não pense em se esconder.
Nem tente, então em fugir.
Em desistir, em se render.

Porque quando você for dormir.
E o silêncio te alcançar.
Deus mandará seu anjo agir.
E um milagre realizar.

Quando você acordar.
O Sol vai ter secado a terra.
Seu coração não estará mais em guerra.
E você conseguirá afirmar.

Que quando você se sentiu sozinho.
E viu um deserto em seu caminho.
Fechou os olhos para não encarar.

Na outra esquina chegavam pessoas.
Trazendo energias e surpresas boas.
Trazendo você de volta ao lar.

terça-feira, 8 de novembro de 2011


Já aprendi sobre o Lua, sobre a chuva e o calor.
E a diferença sublime entre amizade e amor.
Aprendi que o Sol castiga se exceder na exposição.
E que a pele fica ardida se não houver proteção.

Aprendi que as rugas chegam e que as lágrimas nos visitam.
Que a gratidão passa rápido e que as dores ensinam.
Que nunca estamos sozinhos.
E, mesmo sem acreditar.
Há anjos em nossos caminhos.
E a magia está no ar.

Só não aprendi a deixar,
E a caminhar sem crenças.
E que a força do Universo
Suaviza as diferenças.

Já aprendi que as crianças, são presentes do Astral.
E que toda dor vai embora com um olhar maternal.
Aprendi que a morte chega destruindo nossos planos.
Mas nos ensina a ser mais simples, mais humildes e mais humanos.

Aprendi a agradecer, tudo que tenho ao redor.
Por todas as noites escuras e pelas inúmeras alvoradas.
Aprendi a levantar e a me sentir maior.
Mesmo com o corpo doendo e com as pernas marcadas.

Só não aprendi a calar.
Para maquiar as dores.
Não aprendi a passar,
por cima dos meus valores.

Tenho fé e tradição.
Sou guiada pela emoção.
E sei que muita gente ama.
Essa minha alma cigana.

Aprendi que os papéis são levados pelo vento.
Que tudo de rico que temos é o que não se pode tirar.
A coragem, a certeza e até o sofrimento.
São lições especiais que a vida sempre nos dá.

Que não há lugar no mundo que nos traga mais segurança.
Em que tudo é proteção, alegria e calor.
Que o colo da nossa mãe, onde é permitido ser criança.
Já que somos o resultado de uma atitude de amor.

Só não aprendi a deixar.
Que me digam quem eu sou.
Ou que me façam acreditar.
Que sonhos não tem valor.

Porque carrego no peito, a força da natureza.
Carrego a mesma beleza,
Que minha mãe e minha avó.
E sei que ainda que as noites,
Tenham sido complicadas.
A minha vida é guiada.
E sei que nunca estou só.