É mais fácil ser igual. É simples. Mas quando se decide seguir o coração, ainda que o caminho apresente obstáculos, tudo passa a fazer sentido!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Já passamos da fase de ter medo de trovão e de segurar forte em outras mãos cada vez que precisávamos tomar injeção. Foi-se o tempo em que esperávamos o Natal com o coração repleto de ansiedade e medo do Papai Noel não trazer o presente que nossos pais teimavam em dizer que era uma recompensa por um ano inteiro sem malcriação e com quartos arrumados.
Não queremos mais ter todos os brinquedos que aparecem no comercial da televisão, mas existem outras coisas que permeiam nossos sonhos da mesma forma e com a mesma intensidade.
Não somos mais crianças.
Que pena!
Era tão mais bonito ver a vida com aquela paisagem colorida e com os passarinhos e as flores permeando todo o cenário, todos os dias.
Era tão mais mágico desenhar sorvetes e casas com chaminés, nuvens fofas e árvores e levar esse desenho para casa só para provar que estávamos indo bem na escola.
Aprendemos a crescer depressa, num tempo acelerado e, ao invés de guardar os brinquedos, simplesmente esquecemos deles, e da alegria de brincar com eles e dos olhos brilhando com nossa nova conquista.
Temos uma postura mais séria, um rosto com mais maquiagem, uma agenda de compromissos e pouco tempo para ligar para os amigos, para observar as flores e almoçar com a mãe. Temos que contar calorias e comer salada e deixar o sorvete pra depois. É, os doces viraram inimigos...
Não sabemos mais andar descalços, tomar banho de chuva, ver desenho, brincar...
Não sabemos mais dar gargalhadas altas, sujar a roupa, colocar cores diferentes, desviar dos padrões.
Agora, é proibido chorar, ter medo, querer ficar no mesmo lugar mais tempo do que o habitual e ter sonhos diferentes e que não precisem trazer nenhum retorno imediato, a não ser a felicidade de conquistá-lo.
No fundo, queremos olhar para os lados, constatar que não há ninguém olhando em nossa direção e se lambuzar de calda de chocolate, dormir abraçado ao bichinho de pelúcia e saber que o monstro do armário não existe (mesmo), mas voltar a pensar e sentir como criança faz todo o sentido do mundo muitas vezes.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Semana passada estava lendo um livro sobre religião. Um livro que contava a história de "reencontro" de uma pessoa com Deus. Engraçado a forma como esse livro abordou esse reencontro e como ficaram claros os motivos que o afastaram Dele.
Deus está em nós. No ar que respiramos. Todos os nossos movimentos são um testemunho claro de Sua existência e Sabedoria. A paisagem em nosso horizonte todas as manhãs, incluindo as de chuva, são pintadas por Suas hábeis mãos.
Ele é perfeito. Sabe escolher as cores para não deixar os olhos cansados. Sabe enviar o vento na hora certa e o calor para que valorizemos as chuvas... Sabe enviar a sede para lembrarmos da água, o cansaço para termos certeza de que não nos falta trabalho, estudo, amigos, tarefas e desafios.
Ele sabe mexer nossa vida e revirar as coisas que não precisam mais permanecer onde estão.
Aproxima pessoas, situações, lições novas...
E livros que, por mais simples que sejam, nos ensinam que é preciso estar atento para não se perder de Deus, da vida e de si mesmo.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Os dois mundos.

















Vivemos entre dois mundos


Um mundo onde habitam nossa família, nossos amigos, nossos amores...


Onde agradecemos pela paisagem à nossa volta e pelos brigadeiros na panela.

Um mundo colorido, cheio de sonhos, de fé, esperança e vontade de fazer as coisas acontecerem...


Algumas lágrimas também, mas muito colo e proteção e aquela sensação de que tudo sempre vale a pena...


De que a vida não erra nunca!


O outro mundo é cercado de incertezas, de promessas de políticos, de preços subindo, onde temos que conviver à força com a falsidade, traições, decepções...


É o mundo das perdas, dos tombos, das feridas abertas que demoram para cicatrizar.


Muitas pessoas acreditam que o primeiro mundo é o melhor e, de verdade ele é pois carrega consigo essa magia de estarmos envolvidos pelas pessoas queridas (e isso faz toda a diferença), mas o segundo mundo é imprescindível. É nele que acontece o nosso crescimento, que deixamos de ser crianças e passamos pelo difícil portal do amadurecimento.


É nele que as lições acontecem, que os valores mudam, que o nosso brilho aparece.


E aquela criança ingênua dá espaço a uma pessoa especial que sabe olhar o passado, o presente e o futuro.


E sorrir (assim mesmo).

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Ver imagem em tamanho grande
"Deixe-me aqui por um minuto. Preciso ouvir ouvir meu coração pulsar... Tenho ouvido tantos sons ultimamente que sinto dificuldades, às vezes, para identificar aqueles que vem de mim mesma. O poder sempre estará nas minhas mãos".

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Amigos



Afinidade não é uma escolha, é um acontecimento natural...
Existem pessoas que passam a fazer parte da nossa vida e conseguem ultrapassar as barreiras de superficialidade (que qualquer envolvimento recente carrega) e conquistar espaço nesse nosso mundo interno e - ainda - desconhecido. Mas há outros que já foram batizados de "amigos" e que, com o passar do tempo, transformaram-se em apenas colegas. São aquelas "amizades' onde um precisa ser melhor que o outro, construídas por pessoas que perdem um tempo enorme falando de... pessoas. Não agregam, não transformam, vivem em alerta e em disputa.
Um amigo não precisa estar ao lado para estar por perto porque a ligação é maior que a distância física e a profundidade das conversas preenchem o tempo.
Vivemos cercados de pessoas assim o tempo inteiro e às vezes, por conta da correria na qual nossos dias se transformaram, acabamos por julgá-los iguais.
Amigos não são iguais, muito pelo contrário, são únicos. Não precisam de melindres para falar, não tem vergonha um com o outro, sabem que se pedirem ajuda, receberão, sempre haverá um lenço para secar as lágrimas e um colo para proteger.
Amigos protegem, defendem, acreditam!
Vibram com as vitórias e choram com os tropeços.
Podem ser mais ou menos especiais, mas são especiais e é isso que importa.
Amigos são os adoçantes do chá da vida, mas é preciso misturar para deixá-la realmente doce.
E não basta tê-los e saber que estão lá.
É preciso estar lá, muitas vezes.
Você tem estado lá? Pense nisso!

sábado, 4 de setembro de 2010

Sobre a morte...

Desde pequenos somos preparados para perder alguém. Sabemos que tudo é temporário e que existirá um momento, um terrível momento onde teremos que dizer Adeus com o coração apertado e os olhos cheios de lágrimas.
Isso aconteceu algumas vezes comigo.
Acontece com todos e eu não seria poupada...
Ninguém é.
Mas eu me sentia segura e forte. Uma segurança de quem já deu boa noite para a morte de tão perto que a viu chegar e achava que estava preparada para esse momento, mais, muito mais do que poderia imaginar.
Ledo engano.
Eu não estava tão preparada assim. Na verdade não estava nada preparada.
Minha avó era meu lindo amor e minha mestra. Ela conseguia dar conselhos com aquele sorriso que só os sábios possuíam e isso significava ouvir algumas coisas duras, algumas vezes.
Mas não importava. O tom da voz que vinha dela trazia uma energia completamente diferente à minha vida.
Era repleta de luz e protagonizava verdadeiros milagres.
Ela conseguiu transformar inimigos em amigos.
Era pequena fisicamente, mas carregava uma grandeza que a tronava gigante diante de nós.
Quando me olho no espelho, consigo enxergar seu olhar no meu, em minhas atitudes, meus sonhos, minha força. Todas as vezes em que fraquejei e que senti as pernas fracas, ela conseguiu (na sua pequenez) me carregar no colo e me fazer tentar outra vez. Ela sempre me ensinou a tentar outra vez.
Porém, chegou um momento em que se tornou maior que a própria existência, cumprindo lindamente sua missão nessa Terra. Criou filhos e netos e sobrinhos e adotados e amigos e vizinhos...
Criou luz, alegria, firmeza, valores, ética...
Criou tantas coisas que nos fez fortes até sem sua presença física.
Era o meu amor, meu porto seguro.
Meu maior orgulho!
Só tenho a agradecer à tudo que foi para mim, mesmo percebendo que eu sou tão fraca a ponto de pensar em desistir mais uma vez.
Ela estava aqui, me carregando no colo e me fazendo prometer que todas as lições que me passou no decorrer da vida não poderiam ter sido em vão.
E nesse momento, em que não senti as pernas no chão, em que percebi que havia mais dela em mim do que poderia supor é que aconteceu o milagre...
E passei a me sentir forte outra vez...

sábado, 12 de junho de 2010

Sobre o meio tempo.

Existe um espaço entre o que somos atualmente e o que desejamos ser no futuro. Esse espaço é o meio tempo.
É no meio tempo que as coisas acontecem e se encaminham para o lugar desejado (ou não).
O meio tempo é repleto de incertezas, de medos, de noites de lágrimas. É composto de risos também e de presenças especiais.
Existe uma atmosfera mágica que circunda esse meio tempo porque nele existem todas as nossas crenças, toda a nossa essência. Podemos mentir sobre o que fomos no passado ou sobre quem queremos nos transformar no futuro, mas não há muitas possibilidades de se mentir sobre quem somos AGORA, exatamente, no meio tempo.
Mas quem pensa que esse momento é acompanhado de cansaço, se engana.
O meio tempo é um lugar de pausa, também. Aquele lugar no qual ficamos sentados pensando em como as coisas podiam ser diferentes, já!
Essa pausa faz toda a diferença.
Ela explica o abismo que existe entre o que esperamos de nós mesmos e o que os outros esperam de nós.
(Porque é sabido que as pessoas sempre esperam alguma coisa das outras)
Nossa vontade pode mover o mundo, ou apenas as nossas pernas até o desejado.
O meio tempo também ensina, que muitas vezes esse destino precisa ser adiado e que, ao invés de optarmos por um atalho, o caminho mais longo é imprescindível em determinados momentos. Porque não basta caminhar e lutar, é preciso aprender.
E é nesse momento que mais aprendemos. No meio tempo.
Antes, quase tudo é dor e sofrimento, depois as lágrimas são apenas de gratidão pela vitória. mas agora...
Bom agora, é o momento de traçar objetivos, ter um alvo, planejar, executar...
Enquanto isso...
Nesse meio tempo...
Iremos viver, apenas.

segunda-feira, 17 de maio de 2010



Férias!
Tempo de repousar e deixar as pernas para o ar.
E fazer nada.
Ou alguma coisa, desde que não fique muuuuito cansada.
A faxina, nem precisa terminar no mesmo dia.
O tempo desacelera e aprendemos a observar coisas que passam batido diariamente.
Barulho de passarinhos.
Borboletas amarelas.
Crianças indo para a escola.
Almoço com a mãe durante a semana.
Acordar tarde.
Abraçada ao amor.
Falar que amo, tantas vezes que a faça ficar cansada de ouvir.
Ver filmes.
Comprar coisas para a casa (Há sempre muuuuuitas coisas para se comprar para a casa, rs).
Almoçar as três horas da tarde e jantar... Bom, pra quê jantar?
Bom mesmo é tomar sorvete, né?
E ficar assim...
De pernas para o ar.
De sonhos para o ar...
E quando as pernas tocarem novamente o chão.
Estarão muito mais fortes para caminhar.

domingo, 2 de maio de 2010

Realidade

Há um tempo eu vim aqui para falar exatamente sobre minhas faltas como amiga.
E tomei como decisão atuar nisso nas férias...
Os problemas chegaram, o avô do meu anjo está muito doente e, em meio a hospital, transferência, médicos, medicamentos, notícias aos familiares, percebei que o telefone dela quando tocava, era porque os familiares ligaram... Poucos amigos estão por perto. Mas, tudo bem.
Mas tudo bem...

Aprendendo sempre...

Ouvindo: Lista (Oswaldo Montenegro)

terça-feira, 27 de abril de 2010

Contagem regressiva para as férias!!!!!!

Faltam três dias para as férias!!!!!!!!!!!!! Não vejo a hora!!!!
Tempo de transformar algumas idéias em ação...

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Apertando a tecla pause para cuidar dos amigos...

Essa semana foi bem atípica. Meu amor viajou para o Acre logo no início e passei a semana inteira dividida entre o trabalho (penúltima semana antes das férias) e a facul.
Fiquei cansada.
Um sono que não passava, uma fraqueza, um desânimo!!!!!
Mas lá estava eu, sentada em frente ao computador digitando o trabalho de Ética profissional quando resolvi ligar o msn...
Quanto tempo eu não passava por lá!
E qual não foi minha surpresa ao conversar com quatro pessoas extremamente queridas para mim e que estavam (as quatro) passando por momento difíceis e delicados em suas vidas pessoais.
Fiquei assustada!
Como eu me distanciei dessa forma das pessoas?
Quantas vezes isso tem acontecido com a gente?
Quantos amigos estão, nesse momento, precisando de colo enquanto eu decido que esmalte vou usar no salão?
Nossa vida já é tão complicada, não é?
Nós temos tantas desculpas para dar...
Falta de tempo, muito trabalho, cansaço...
E ao nosso lado pessoas estão desistindo de sonhar sem que, ao menos, digamos que não vale a pena.
Que é preciso ter força..
Blá, blá, blá.
Decidi mudar.
Estar mais perto.
Mais presente.
Estender a mão.
Dar um abraço.
Fazer meus amigos entenderem que o mundo pode até parecer desabitado...
Mas eu quero estar ali. Mesmo que em silêncio.
Para dar a mão, ao menos.

sábado, 17 de abril de 2010

Sobre os direitos e deveres...

Essa semana, um telejornal exibiu um mini debate entre um representante religioso e nosso representante dos direitos homossexuais.
Soa engraçado lutarmos por direitos, num país onde somos afogados em deveres.
Mas qual não foi minha surpresa ao ver (no site, porque no horário eu não estava trabalhando) a diplomacia com que nosso representante defendeu que somos, antes de tudo, pessoas.
É curiosa a forma como nos defendemos.
Pleiteamos o direito de sermos dependentes em um plano de saúde, em poder comprar um imóvel com a garantia de continuidade da parte que permanecer viva por mais tempo, reivindicamos o direito de sermos tratados com igualdade porque pagamos o mesmo percentual de taxas e impostos que qualquer pessoa "normal" paga.
Não fizemos uma ESCOLHA. A maioria de nós, se pudesse escolher, jamais escolheria ver as lágrimas dos pais ou temer falar a verdade para os filhos. Jamais escoheríamos vermos a"amigos" se afastando ou olhados com indiferença, susto ou tantas outras reações que as pessoas teimam em ter cada vez que nos "intitulamos" gays.
Nossa! Não acredito!
E outras coisas a mais.
Somos iguais a todos os outros.
Dentro de nossas veias corre o mesmo sangue (diferente apenas em tipagem e fator RH), mas com os mesmo glóbulos vermelhos.
Nossos corpos são compostos da mesma matéria prima e temos sentimentos iguais àqueles que se julgam superiores.
Trabalhamos, estudamos, pagamos contas, dividimos sonhos como todos os outros casais.
Mas ai de nós que tente beijar em público, andar de mãos dadas...
Choca mais que ver uma pessoa armada com fuzil.
O fuzil já faz parte do cotidiano, somos cercados por bandidos.
A violência já permeia todas as horas dos nossos dias.
Mas carinho e coragem são para poucas pessoas que resolveram deixar de lado as convenções, ouvir o coração e lutar por uma causa.
Não importa quem nos acha "normais". Não importam nem se acham alguma coisa.
Somos guerreiros!
Acordamos todos os dias com a sensação de que, em algum momento, alguém vai soltar uma piadinha, ou vai fazer cara de quem não gostou.
Tudo bem.
Coma menos então.
Porque continuaremos aqui e ganharemos cada vez mais força.
Aceitem isso, apenas.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Ser ou não ser... Eis a questão.

Precisamos parecer legais, bem humorados e bem sucedidos.
A roupa precisa ter etiqueta, o cabelo arrumado e um perfume que seja destaque e que te ajude a chamar atenção.
Precisamos de um diploma que venha carregado com o nome da instituição e que seja diferencial no mercado de trabalho.
Precisamos, na verdade, de uma série desses diplomas pois o perfil do profissional de hoje é ser efetivamente multifuncional.
É isso, aí.
Multifunção. A palavra do futuro, do presente, do agora.
Acumulamos responsabilidades, funções, agendas, cobranças. Não basta ser advogado, você tem que entender de meio ambiente. Não basta ser formado em marketing, você precisa saber sobre leis. Um médico precisa entender de história e um biólogo de edificações.
Coitado de quem se especializou em alguma coisa. vai precisar adquirir um diploma a mais que o torne destacado da multidão.
Mas... Alguém já parou para pensar que as pessoas começam a trabalhar cada vez mais cedo, e trabalhando o tempo fica cada vez menor?
Salário? Já tentaram explicar para um dono de empresa... É. Aquele que está olhando seu curriculum com ar de superioridade.
Já fizeram com ele as contas entre o seu salário e a faculdade, ou curso de inglês...
É meu amigo, atualmente ocê TEM QUE saber inglês.
Precisamos acumular tantas coisas que esquecemos apenas de ser...
Quero ser livre e feliz.
Quero poder gritar que o salário não é mais importante do que a minha paz.
Que um ótimo cargo não compra a minha dignidade.
E que pessoas pequenas não devem habitar meu mundo.
E o curriculum?
Ah! O curriculum que se dane!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Sobre Páscoa e BBB.

Tivemos uma semana difícil, não foi? A segunda-feira amanheceu com aquele sentimento de derrota por conta da eliminação do Dimmy no BBB. Ok, pessoal. Não vou falar de BBB, apenas. Mas da luta que foi para tentar mantê-lo lá.
Mas não conseguimos.
De repente, um fio de esperança se acendeu quando a Fernanda mostrou-se forte no jogo.
Outra decepção.
Não é que o Dourado ganhou mesmo!
Isso me assustou e me fez pensar.
A quantidade de pessoas que o acha bonzinho é imensa. E não estou aqui para falar que ele é mau. Ninguém é permeado completamente por defeitos. Mas ele conseguiu surpreender no quesito ignorância em algumas declarações.
Fora, essas declarações, o que mais me deixou estarrecida foi a total ausência de valores demonstrada por essa pessoa que vai desde a falta de crença em Deus à ojeriza aos homossexuais, passando por desrespeito à mulher e educação precária. Ainda assim, ganhador do prêmio.
Isso me fez refletir...
Talvez porque estejamos na páscoa e fiquemos, naturalmente, mais sensíveis por lembrar os horrores cometidos em nome de Deus há exatamente 2010 anos atrás.
Talvez porque essa voz que clama por igualdade de direitos e de respeito grite ainda mais forte ainda dentro de mim.
Essa voz me diz que o coelhinho da páscoa ainda existe e que trará coisas doces no próximo domingo...
Pode ser.
De qualquer forma. Não perdemos a Guerra inteira, apenas uma batalha.
Ainda temos força para lutar por nós.
Essa força é o que me move e esse movimento é a razão de muitas coisas na minha vida.


Feliz Páscoa




terça-feira, 23 de março de 2010

Sonhos

Sonhos são assim. Fazem parte de nós.
São compostos do mesmo óleo que ajuda a girar essa imensa engrenagem chamada VIDA.
Sonhos são feitos de lágrimas... E de risos.
São feitos de alegrias e de tristezas.
Sonhos tem muita coisa a ver com histórias.
Sonhos são feitos de persistência e de determinação. Muitas vezes são compostos de perseverança também.
Sonhos de verdade, precisam saber ficar guardados um certo tempo e merecem uma verdadeira festa quando se materializam.
Quando um sonho nasce, uma estrela brilha.
Sonhos são a luz que iluminam o fim do túnel, quando todas as lâmpadas da estrada queimam.
Nascem sozinhos, mas fazem mais sentido compartilhados.
Os sonhos de verdade fazem as lágrimas secarem e dão alívio para o coração.
Trazem força, criam coragem, ainda que o coração esteja sangrando.
Sonhos vão além das pessoas, mas precisam delas para chegarem até aqui. Na incrível Jornada na Terra!
O Universo inteiro conspira por eles e para eles.
Sonhos são feitos de força.
Mas, sobretudo, feitos de AMOR!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Dormindo


Shhhhh!!!!!!! Não faça barulho! Vou descansar...
Mas fique à vontade para entrar...
Já, já eu volto... Com energias novas...
Fiquem tranquilas...
Os sonhos que eu tiver...
Vou contar!!!!!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Um dia "daqueles"

Hoje é um daqueles dias em que a gente acorda atrasada, põe a primeira roupa que encontra pela frente para depois se achar feia o dia inteiro. Tomei café com meu amor, e tudo ia bem até eu olhar para o relógio e perceber que estava na hora de estar sentadinha na minha mesa lendo meus e-mails e começando mais um dia de trabalho (E quanto trabalho!).
Essa semana está se arrastando, parece que não vai passar nunca. Depois de um fim de semana em Angra (pelo trabalho) emendar a semana deu a sensação de que não paramos de trabalhar e deixou o corpo cansado. A mente, então, nem se fala!
Acho que é esse o problema.
Minha mente está cansada, precisa de férias.
Cansada de pensar, de criar soluções, de compartilhar idéias.
Cansada de olhar a luz no fim do túnel e se agarrar à ela como se nenhuma outra luz, no mundo, pudesse existir.
Ando cansada, mesmo. Cansada do vento, mas quando ele falta, fico cansada do calor também. Esse calor que dá a impressão de que vamos cozinhar.
Cansada de cumprir as normas e seguir as regras. Cansada das regras! Da rotina, desse dia a dia que parece ser igual (mesmo não sendo MESMO) ao dia anterior.
Deu vontade de ser criança de novo. E não ter chefe, nem demandas, nem contas para pagar e nem matéria para estudar ou trabalho para entregar na faculdade. Vontade de pensar em doces com aquela inocência especial que faz todo cahorro quente virar jantar especial.
Deu vontade de esquecer a dieta (Por que DIETA????) e entrar milagrosamente naquela calça que eu tenho certeza que encolheu...
Ando cansada das chuvas, do silêncio, dos gritos. Cansada dos sonhos que teimam em NÃO virar realidade. Cansada de ter que sorrir, ser forte, corajosa e dar conta de mais um treinamento (ou desafio, como preferir) de mais um dia, de mais uma noite sem vento, de mais um fim de semana que, de tão cansada, não consigo sair de casa.
Cansada de ver a caixa de e-mails lotando com solicitações que outras pessoas poderiam fazer, mas são endereçadas  A MIM.
Como entender tudo isso? Como vencer esse cansaço? Como dizer para minha mente que uma noite é NADA diante do tempo que ela precisa ficar em PAUSE?
Fazer o que? Tem que ser assim. Então que seja.
Que seja o melhor que o meu cansaço pode fazer nesse momento.


PS* Depois de escrever isso, bateu um cansaaaaaaço....

domingo, 7 de março de 2010

Santa Tereza

Ontem eu e meu amor saímos da rotina.
Fomos, com mais dois casais de amigas até Santa Tereza de bondinho.
Uma delícia estar lá e quebrar um pouquinho essa rotina que se instalou nos últimos tempos por conta de alguns problemas familiares. Como tenho me dedicado ao livro (É pessoal, estou escrevendo romance homossexual, mas depois falo mais sobre isso, rs) e me dividindo entre o trabalho e a mais nova facul, acabo tendo pouco tempo para curtir com meu amor. Acordamos cedo, enfrentamos uma fila imensa no bondinho e no bar do Mineiro (O Rio de Janeiro inteiro teve a mesma idéia que nós, rs) para saborear o famoso pastel de feijoada e um maravilhoso Tutu à mineira. Estava perfieto, mas choveu (na verdade o céu desabou) e nos abrigamos em um outro bar para esperar a chuva passar.
Entre Uma long Neck de Devassa Black e uma Caipivodka de Morango colocamos o papo em dia com pessoas muito especiais. Já há algum tempo não nos encontrávamos e estar perto foi muito gostoso.
Depois que a chuva passou descemos de ônibus e paramos na nossa querida Sinuca da Lapa para finalizar a noite. Metade das meninas jogando sinuca com meu amor e a outra metade comigo conversando mais um pouquinho (Ô papo que não acaba nunca!) com direito a ataque de ciúmes da Marcinha Onça e muitas, muitas gargalhadas.
O sábado foi assim, com essa magia que acompanha a simplicidade e a companhia de pessoas especiais.
Deu para recarregar as baterias, dar boas risadas, tirar muitas fotos (coisa que eu QUASE não gosto) e matar um pouquinho da saudade que fica acumulada com essa correria doida diária.
Mas, sem problemas... O ano é feito de váááááários finais de semana, mesmo. Em muitos deles estaremos juntas de novo, curtindo, como sempre.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Chuvinha chata

Hoje está chovendo bastante. Na verdade, essa chuva vem se estendendo já há alguns dias.

Temos enfrentado dias quentes, não é? Acho que é por isso que os trovões acompanham as gotas.

Eu gosto da chuva, desse clima de romantismo que ela carrega. Essa desculpa gostosa para ficar mais tempo debaixo das cobertas, agarradinhas...

Diferente da noite, que me inspira, a chuva sempre me fez pensar. Ela tem esse ar mesmo de reflexão, de pausa.

Vivemos correndo, não é? Com essa sensação de que os dias deveriam ter 30 horas para conseguirmos dar conta de todos os nossos compromissos e responsabilidades porque nunca cumprimos tudo aquilo que a agenda acusa no início do dia.

Quando percebemos, esquecemos de ligar para aquele amigo que está precisando, para a família só para perguntar se está tudo bem, esquecemos de dizer "Eu te amo" uma vez mais (na verdade, nunca é demais).

Às vezes, o esquecimento ultrapassa a barreira das palavras e atinge os gestos.

Estamos tão cansados que esquecemos de dar mais um abraço, estender as mãos, nos olhar no espelho com mais calma, diferente de todas as vezes que nos olhamos pela manhã, saindo de casa apressados.

Aí percebemos que o tempo passa e, assim com as chuvas, deixa as marcas de suas transformações. Não somos mais aquelas crianças que acreditavam em histórias, mas temos nossa própria história para contar.

Uma história repletas de dias corridas, de relógios atrasados, de sonos acumulados e sonhos imensos. De amores possíveis (ou não) e de muita coragem.

História escrita com risos, com lágrimas e com esperança.
Já ouviu o ditado? "Não vai durar uma chuva"

Já passamos por várias, já não nos assusta os trovões.

Já sabemos fechar os olhos para escutar a água caindo, como melodia.

Já aprendemos a dançar.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Para começar



Olá! Cheguei ou chegamos? Rs.


Vivemos falando sobre amor. Na verdade crescemos esperando por ele, bombardeadas por aquelas histórias de contos de fadas onde o príncipe encantado virá, num cavalo branco, nos tirar da prisão e nos livrar do sofrimento.

Mas, qual não é nossa surpresa, quando percebemos que esse príncipe é, digamos assim, uma mulher (igual a nós), que foi bombardeada tanto (ou mais) com as mesmas histórias e com a mesma pressão da família que vai desde o Quando você vai casar? até o Quando me dará um netinho, sobrinho, afilhado...

Quantas vezes tivemos que sorrir caladas para depois nos questionar intimamente o motivo pelo qual somos diferentes.

Acredito que essa é a chave de tudo... Somos diferentes porque amamos os iguais a nós, porque esse amor consegue ser mais forte que toda essa guerra travada desse nosso mundo heterocentrado.

Não estamos aqui para, simplesmente, participar de um movimento. Estamos aqui para viver.

É preciso mais que vontade para enfrentar os olhares maldosos (no caso dos homens) quando demonstram um comportamento mais afeminado ou das mulheres quando decidem cortar o cabelo curto e colocar uma roupa mais larga. É preciso ser muito HOMEM e muito MULHER para ser assumido.

É preciso força para conseguir sorrir diante de tantas piadas, diante de tantos "Deus me livre".

É necessário arte...

Essa arte está em nós, vem no nosso DNA que os cientistas, cada vez, mais tentam jurar que é diferente também.

Essa arte está na nossa cabeça erguida, no nosso coração aberto..

Essa arte está na nossa coragem... E coragem como nós... Precisa de arte para ter.


Bem vindos!!!!